sexta-feira, 6 de julho de 2012

Sempre fui Bizarro : Parte I

                                                     Memórias póstumas a Ketty



                                                            Sempre fui bizarro: parte I 

Não é de hoje que o termo bizarro se aplica em minha vida. Não foram poucas situações bizarras que acompanharam minha infância, adolescência e vida madura.   Nesse primeiro post falarei um pouco da minha infância bizarra, entre elas , posso destacar :

Quando criança tinha um hábito bizarro de comprar e colecionar inúmeras revistas de historia em quadrinhos, ate aí, nada de anormal para uma criança, se não fosse pelo fato de que eu comprava as revistas simplesmente pelo desejo de recortar as figurinhas dos personagens e construir novas falas a eles e colar tudo isso no meu caderno de artes.  Até que um dia passou em minha cabeça, porque não fazer isso com fotografias dos meus familiares? Poderá ser mais divertido, pensei.

Minha intenção era fazer uma homenagem a minha família e apresentar meu álbum de quadrinhos onde os personagens eram meus próprios familiares.  Resolvi montar então um álbum, foram dias de trabalho, entre fazer cópias das fotos, recortar, pensar num diálogo engraçado para quem estava de boca aberta, outros que estavam bebendo, fumando, rindo de forma escandalosa, tudo isso foi um trabalho de criação e dentro da minha mente infantil de um garoto de aproximadamente 9 anos , homenagear e apresentar meu trabalho no  aniversario de casamento de meus avós.

Alguns riram (bem, poucos na verdade)  e disseram: que garoto criativo, outros me olharam com muita vontade de me dar uma surra, o que deveria ser uma demonstração dos meus talentos foi bloqueada temporariamente  neste dia. Mas eu não desisti, continuei com meu desejo de criar... 

Na infância sempre tive amigos que tinham animais de estimação como cães e gatos, mas eu nunca pude ter. Primeiro porque sempre sofri de uma rinite alérgica crônica e nunca pude ter cães e gatos em minha casa.  Meus pais para me agradarem, me deixaram ter animais exóticos que não soltavam pelos, mas nas conversas com meus amigos, sempre quis ter um cãozinho ou um gatinho como eles tinham e diziam: olha....... hoje a cadela Lessy aprendeu a pegar bolinha, olha:......... hoje meu gato xuxo fez algumas peripécias no sofá.  E eu? Oque eu poderia contar sobre minha relação com os animais?

Olha....... hoje meu peixe fez cocô de quase 10 centímetros... Não era tão divertido.... Foi aí que pensei: vou montar um clube de proteção aos animais abandonados anônimos.


Foi nessa época em que eu e meus dois amigos encontramos uma gata preta abandonada na rua
 (demos o nome a ela de ketty), e pensamos, vamos montar um clube de proteção aos animais?

Porém, o escolhido para cuidar da gata fui eu, por quê? Por que eu não  tinha um cachorro que pudesse fazer a mal a pobre gatinha.  Eles davam a ração, cuidavam durante o dia e a noite  a gata dormiria de forma clandestina nos fundos de minha casa, mais precisamente, num quartinho de ferramentas do meu pai.

Eu sempre fui, desde criança, um ser humano responsável, então, sempre colocava meu relógio para despertar 5 minutos antes de meus pais acordarem para libertar a ketty, para que só a noite, de forma clandestina, ela voltasse aos meus aposentos.


Mas um dia, muito cansado, não ouvi o despertador, e nesse momento minha mãe, por algum motivo, abriu o quarto de ferramentas do meu pai antes que eu acordasse...

Foi aí que quando ela abriu o quarto de ferramentas, a gata Ketty não a reconhecendo como integrante do clubinho dos protetores dos animais abandonados a atacou.   Nesse dia, o clubinho foi fechado por motivos maiores e a partir dai nunca mais vi a gata Ketty

Quero dedicar esse post a gata Ketty, e ao meu papagaio loro que pelos mesmos motivos foram separados de mim.... 


O que eu acho disso? Uma lembrança divertida e saudosista  de minha bizarra biologia... rs

Um comentário:

  1. ...Adorei a historia em si,pelo visto sua infância foi bem tumultuada e deve ter contribuído muito para você ser o que é hoje.E quanto as historias em quadrinhos,as fotos dos familiares,garanto que tinha tudo para agradar,mas o que você escreveu deve ser o que não agradou a todos,mas a intenção foi legal criativo.

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