domingo, 10 de março de 2013

Resgate cultural e Direitos Humanos

                                         Foto de Alice Kohler ( Extraída da comunidade Anauê) 



                                                 Resgate cultural e Direitos Humanos                                    
                                          

Sou um admirador de cientistas e artistas como Charles Darwin, Jean Piaget , Pablo  Picasso e Monet.  Foram gênios engajados cada qual em sua trajetória formidável intelectual e isso é indiscutível. Cada qual, uma história, uma comunicação interessante com a natureza, foi se transformando em uma jornada de sucesso que nos presenteia até hoje com suas grandes obras.


A reflexão que eu estava fazendo ao pensar nesses grandes mestres era que, apesar desses artistas obterem suas fantásticas obras, eles construíram seus trabalhos de uma forma basicamente solitária, com um foco energético voltado para outro campo.  Para seguirem esse caminho, eles foram extremamente ousados e enfrentaram até mesmo a rejeição. No entanto alcançaram a atenção e a admiração de milhares de pessoas e um legado para gerações.

Mas onde quero chegar com minha indagação bizarra é que: porque quando se tratam de ações e obras solidárias e humanitárias,  legados tão importantes quanto de Darwin e de Picasso, esses aspectos não são aprendidos e discutidos com a mesma seriedade nas escolas na mídia ou em grandes  grupos da sociedade?

Nesse momento muitos nomes vêm em minha cabeça como Mahatma Gandhi, Buda, Madre Tereza, Irmã Dulce, Nelson Mandela, Che Guevara, Martin Luther King, que foram ícones, grandes personalidades, exemplos a serem seguidos e aprendidos.

Por que ficam muitas vezes no anonimato nos livros e não nos currículos escolares?  Onde estão os resgates de nossos ancestrais africanos e indígenas em nossos currículos? Na prática, não existe, posso garantir que não existe.

Queremos um resgate prático sobre a cultura africana nas escolas, queremos um resgate genuíno indígena, rodas, danças, pinturas, culinária, cantos, queremos quem construiu de fato o nosso país!

A Declaração dos Direitos do Homem é eticamente fundamentada no conceito de dignidade humana. Mas as mazelas sociais: fome, miséria, injustiça, interesses pessoais, preconceitos, mostram um longo caminho a ser percorrido para que se faça justiça a todos aqueles que sofrem com a marginalização de sua condição humana.


As lutas pessoais de cada uma dessas personalidades trouxeram importantes contribuições para a humanidade e devemos respeito e uma homenagem justa a todos que ajudaram a construir a história de nosso povo.  


Priorizar interesses pessoais e descartar nosso patrimônio cultural e direitos humanos é bizarro!




sexta-feira, 8 de março de 2013

Ignorar a Política é Bizarro!

                                                     Ignorar a Política é Bizarro


 Neste post resolvi partilhar algumas indignações e indagações sobre questões políticas em nosso país nas ultimas semanas. Estou fazendo aqui meu ato político da maneira que eu posso, no tempo e espaço em que vivo e dentro dos limites.

As manifestações culturais dos anos 60 e 70 refletiram o espírito de uma época de intensa contestação dos padrões sociais, de uma geração de jovens que buscavam liberdade através de ideais políticos e revolucionários.

A música, a literatura, o cinema e os movimentos sociais no Brasil foram atingidos por este clima efervescente de mudança em diversos âmbitos.

Hoje, percebemos que as manifestações nas ruas não ocorrem na mesma intensidade e com o mesmo propósito.  Uma série de fatores como a individualidade, o egocentrismo e as festas também conhecidas como “pão e circo” parecem alienar nosso povo brasileiro.

Quando existem atos ou paradas, elas não apresentam cunho político e revolucionário, pois mais se parecem com escolas de samba com carros alegóricos, que transformam a oportunidade de um ato político em um desfile de carnaval gerando mais lixo nas cidades e mais gastos para as prefeituras de forma desnecessária

Quando vemos uma notícia que seremos representados no conselho de direitos humanos das Nações Unidas por um homem que se declara racista e homofóbico publicamente  , eu me pergunto : 

Onde estão os representantes desses movimentos quando se precisam deles? Porque eles não estão parados em frente ao congresso agora?  

Se não for para fazer atos ou paradas agora, que não  faça-o depois para “inglês ver”.  

E as redes sociais?  Está rolando uma lista de petição com um link abaixo :


Mas as pessoas preferem compartilhar ou contabilizar quantos corpos estarão na Pool Partyy enquanto seus direitos são tirados , enquanto centenas de negros e gays são agredidos ou mortos em nosso país e no Mundo.

Isso sim. É Bizarro !





terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A Menor distância entre dois pontos é uma reta

                                              imagem fonte: www.freeword.com.br




Quando comecei a lecionar e quase não tinha experiência alguma com crianças, entrei numa sala de aula repleta de pré-adolescentes , a visão foi assustadora. A trilha sonora poderia ser do Hitchcock, se fosse um filme o cenário seria “a hora do pesadelo” e os personagens poderiam ser os Gremlins.   Comecei então a falar, falar, falar e me senti num palco, mas aquilo mais parecia um monologo e eu declamando: Quem sou eu?- Meramente um amante das palavras... Ou seja, um perfeito idiota.

Foi aí então que uma garota de olhar singelo, de cabelos castanhos  longos, um brilho nos olhos, por volta de seus 12 anos olhou pra mim e disse: se ninguém te ouve, escreva.

Foi nesse momento que me veio à inspiração de começar a escrever frases, pensamentos  no inicio de cada aula. E funcionou. Antes mesmo que eu entrasse na sala de aula, os alunos já estavam curiosos para saberem qual seria o pensamento do dia. Antes disso,  já havia tentado de tudo, malabarismo, pirofagia, acrobacia, o truque do baralho, a cartola mágica, e nada havia funcionado ...Mas instigar a curiosidade humana sem ficar rodeando e ir direto ao ponto, não havia tentado.

Pensando nesse mesmo tema de ficar dando voltas e mais voltas e não ir direto ao ponto, posso fazer uma analogia a minha ida ao meu dentista. Certo dia fui tratar  pela terceira vez o mesmo canal, por quê? Porque ele disse que estava com medo de ir até o fundo da raiz de uma vez só, mas a dor era intermitente. Eu queria que ele resolvesse aquele problema. Então,  na recepção do consultório, eu, a secretária, a minha dor, revistas antigas e um livro de autoajuda .

Para não focar na dor e não olhar para cara da secretária que também não é uma das pessoas mais interessantes do mundo, as revistas velhas com notícias velhas, de pessoas famosas que foram dessa para uma melhor. Peguei o livro de autoajuda (não me lembro o nome)  comecei a ler.  Os primeiros capítulos falavam de morte, de castigo.... Ai meu Deus!!! Eu já estava sendo castigado, minha boca estava sendo castigada, meus dentes estavam sendo castigados, isso é ajudar? Aí me lembrei de um pensamento que o Dalai Lama disse uma vez : ‘Tire proveito da daquilo que é bom e aquilo que não for bom não guarde com você.. Foi o que eu fiz.   

Aí  comecei a ler uma parte que me interessou , falava da diferença entre o urubu e a águia :

O Urubu é uma ave que não tem um voo em linha reta, não tem boa visão, sempre anda em círculos, olha o tempo todo para baixo e na tempestade interrompe o voo e desce para procurar abrigo, não caça e só se alimenta de seres em decomposição.

Já a Águia é bem diferente, pois possui um voo alto e para frente, não tem necessidade de voar em bando, tem visão excelente, olha para frente, alça voo acima das nuvens que provocam a tempestade.

Enquanto lia, comecei meu devaneio sobre minha bizarra biologia e me questionei se eu estava sendo águia ou urubu em vários aspectos da minha vida. Em certos momentos não há motivos para rodearmos por coisas que já se foram, é passado, já estão em decomposição. Porque ainda estou pensando nisso? Não precisamos andar em bandos para nos sentirmos seguros, quem faz isso são os urubus!!! 

Quem vai ao cinema sozinho, a um restaurante, a um bar é uma águia , é um ser corajoso, não precisa de bandos, não que eu não precise de amigos, não é isso, mas que também eu posso fazer isso só, você pode fazer isso só , porque isso é para quem tem  visão de águia. Que mesmo nas mais terríveis tempestades   ainda consegue lançar voos altos , não fica em círculos ,indo para lugar nenhum, não interrompe seu caminho porque alguém o critica ou porque alguém não acredita no seu potencial. Se ninguém te ouvir, escreva. não pare, continue, faça como a águia, siga o conselho daquela garota de 12 anos , ela foi uma águia, ela não estava em bandos, ela queria aprender, ela manteve seu foco, não interrompa seu voo por bobagens, por fofocas, por nuvens escuras passageiras, não se esconda, afinal, a distância entre dois pontos é uma reta, mantenha sempre o foco!!!


sábado, 12 de janeiro de 2013

Abra seus olhos

                                                              Abra seus olhos




Não se pode negar a si mesmo. Não se pode viver em negação para sempre. Não acreditem em tudo o que te dizem. Enchemos nossas cabeças de barulho.

Renunciamos nosso autoconhecimento.

Mas não se pode enganar a si mesmo.

O Tempo passa e você acha que tem todo o tempo do mundo.

Que nada é final.

Mas só que o tempo passa.

E no final, tanto tempo já se passou.

E você sabe que deveria ter feito algo

e aí...

a máscara cai...

 e você acorda........

Vamos acorde.....

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Near-Death Experiences

                                     fonte imagem: The macabre and beautifully grotesque


                                                                                     Quase morte


Em Hamlet, de William Shakespeare, conhecemos aquela famosa frase: Há mais mistérios entre o céu e a Terra do que supõe a nossa vã filosofia.

Essa frase pode ser aplicada em muitas áreas de nossas vidas. São muitos relatos, histórias de vidas , coisas intrigantes, pessoas que ficaram entre a vida e a morte e não sabem explicar como sobreviveram.

Muitas dessas pessoas têm muito que nos ensinar. São histórias que intrigam até mesmo a ciência com questões complexas a  serem sanadas.

Há casos de indivíduos que ficaram muito próximos da morte e relatam situações muitas vezes difíceis de acreditarmos.  

Alguns dizem terem visto túneis que terminam em luzes, lembranças de pessoas que nunca tiveram contato, ou, simplesmente um apagão com atividade cerebral nula seguida de lembranças de um passado remoto.

A veracidade desses relatos é difícil de ser provada. Mas os pontos comuns a todas as narrações trazem a desconfiança de que isso não se tratam de mentiras ou delírios. Como é cientificamente inadmissível que mortos tenham qualquer experiência, as estranhas ocorrências foram batizadas de experiências de quase-morte (EQM) – tradução aproximada de near-death experiences, termo adotado pelo médico americano Raymond Moody Jr., pioneiro no estudo do assunto.

A primeira obra de Moody sobre EQMs, A Vida Depois da Vida, foi publicada 30 anos atrás. Nela, a pesquisa de campo – o autor catalogou 150 casos -– culmina em conclusões de forte inclinação espiritualista. Sejamos razoáveis: mesmo para os céticos, não é difícil se deixar impressionar pelas histórias dessas pessoas.


                                                                                       Uma experiência


No final de 2009, Leno Nemm, 25 anos decidiu fazer uma expedição pela Europa depois de passar muitas perdas e danos nos últimos meses do ano em que passou. No dia 24 de dezembro de 2009 Leno chega sozinho  a Berlim para passar um natal tranquilo e conhecer pessoas e lugares. Entretanto, ao chegar ao Hotel em que estava hospedado percebe que a sua mala tinha ficado no aeroporto. Ele pega um táxi rapidamente, mas no caminho para o aeroporto o táxi colide com outro carro desgovernado causando um  acidente.  Leno perde a consciência após o impacto, mas é socorrido e passa seu natal no hospital.  Após alguns dias Leno se recupera e decide continuar sua aventura.

Leno conta sua historia de quase morte: Naquele instante estava distraído e ansioso por conhecer a cidade e começar a expedição, foi tudo muito rápido, só me lembro da luz dos faróis na hora do acidente e depois uma luz azul e uma pessoa que me chamava enquanto meu corpo era levado ao hospital-  conta Leno.  

Leno teve uma experiência de quase-morte. Nas suas próprias palavras, "é uma coisa muito difícil de descrever". O médico que atendeu endossa "só quem passou por isso sabe do que estou falando". "Indescritível" é o adjetivo que mais aparece nos relatos de EQMs.

Na semana seguinte de sua alta, o jovem  retoma sua expedição a Berlim e dessa vez decide conhecer a região de Mitte com um passeio de bicicleta.  Leno estava admirado com a torre de TV, com o Portão de Brandemburgo , os museus e a  praça do Gendarmenmarkt … enfim, uma infinidade de atrações que deixou Leno em puro êxtase  e distração  que o levou a ser atropelado dessa vez por um outro ciclista. Leno foi novamente encaminhado ao hospital, dessa vez, com muitas escoriações, lesões nos membros superiores, cabeça e tronco.

Novamente um luz azul veio ao encontro de Leno , no fundo, bem no fundo havia alguém o esperando. Estaria morto? Pensou Leno. A voz disse a Leno : O que você quer de sua vida realmente? 

Leno permaneceu em silêncio e sem resposta.
A voz continuou então:  Ainda não é chegada a hora, por isso, pense, viva e relate essa experiência.

Essas foram as ultimas lembranças que Leno teve quando saiu do hospital, sem sequelas graves e decidiu encerrar sua expedição pela a Europa. Pegou o avião e está agora em algum lugar do mundo tentando descobrir qual será o objetivo de sua experiência quase-morte ou de sua real bizarra biologia.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Sonhos Bizarros : Nibiru – parte II


                                              Sonho bizarro: Nibiru – parte II


Dando continuidade ao relato do meu sonho bizarro, comecei a ficar incomodado naquele lugar. Apesar de ter feito algumas amizades, era muito estranho estar enclausurado. Pensei: Onde estou? Será que realmente estou sonhando?  Tem todo esse pessoal vestido de branco e azul. Porém aquele pessoal de branco mantém distância de mim e de outros seres.

 O pessoal de branco pode se locomover a qualquer hora e lugar, usar perfume e zombar das pessoas, porém eu e os outros seres e éramos  mantidos longe do pessoal de branco e tratados de forma discriminatória.

Já nós , os abduzidos, não podíamos expressar nossas opiniões, partilhar nossas ideias, nem mesmo nos abraçarmos, às vezes mal podiam chegar próximos um dos outros! Estaria eu no Purgatório? Ou no Inferno? Que planeta é esse?

Eu não conhecia ninguém lá, mas as pessoas me chamavam pelo nome. Isso me fez me lembrar de que eu tinha uma vida na Terra, era feliz e não me dei conta .

Aquilo não poderia ser Céu de jeito nenhum. Havia gente ruim lá, muita fofocas, intrigas e sarcasmos. Mas eu ainda estava torcendo para que aquilo fosse um sonho de verdade.

De repente, chegam mais dos seres, um deles  parecia uma mistura do rapper Jay-Z com um mangá shounen , o ser começou a cantar copiosamente e dançar de forma engraçada como fosse o personagem Sid do filme a era do gelo,  seu nome era Fox.

Com ele, se aproximou outro ser, seu nome era Apolo, pois assim como na mitologia grega era considerado um patrono da música, sua voz, suas canções e composições encantavam a todos, especialmente a björk que se encantou pelo seu dom e se apaixonaram.

Em seguida avistei outro casal: Atena e Quirom., mas parece que esse casal não era da Terra e sim de outro planeta chamado Capela. Eles estavam disfarçados de humanos para ajudar a compreender a complexidade da arte de se relacionar com os seres humanos, uma missão difícil e dolorosa, principalmente para quem não é um terráqueo.

Quando comecei a refletir com os exilados de capela, chega uma linda mulher, seu nome era Pandora, uma mulher cheio de mistérios, segredos e historias.   Pandora já havia sido abduzida mais de uma vez aquele planeta.  Sua forte personalidade e relutância contra as regras e preceitos  que os homens de branco empunham, despertaram grande fúria em Pandora.  

Certa vez, Pandora foi conduzida a um espaço sombrio onde poucos estiveram, lá foi amarrada, torturada, sem direito a realizar sua higiene pessoal ,  sem direito a água e pior, sem direito a um absorvente.  Isso fez com que seus segredos fossem guardados em uma caixa onde poucos tinham acesso, pois poderia causar grandes traumas e revelações assustadores aos recém chegados ao planeta

Mas por quê? O que ela tinha feito? Será que esse planeta é tão diferente da Terra? Será que Pandora fazia realmente parte daquele lugar?  Talvez sua família tivesse escondendo isso dela toda sua vida. Para poupá-la?

 Ela e todos que estavam lá deveriam saber! Ninguém fora informado, mas estava claro: 

Alguém permitiu a nossa abdução. Mas quem? Por quê? Ninguém tinha lhe explicado por quê.  Foi então que tivemos que descobrir sozinhos, cada um em seu momento, na solidão.

Muitos seres de branco trazia substancias  e mandavam-nos tomar.  Dizíamos que não estávamos sentindo nenhuma dor e que queríamos saber para que servia tantas  substancias. 

 Mandaram-nos calar a boca e tomar senão eles iriam perder a paciência. Como nós não queríamos o mesmo destino de Pandora, obedecemos. Afinal, eles eram violentos. Naquele lugar as mulheres eram mais ou menos boazinhas. No mínimo duas , três no máximo  eram mais agradáveis do que os homens de branco.  Os homens de branco insultavam-no todo o tempo. 
Invadiam os quartos, criavam apelidos, e lançavam luzes fluorescentes em nossas faces enquanto dormíamos.

Foi então, num desses momentos, em que a luz fluorescente estava tão intensa que me fez acordar.

Ufa.... Acordei......Foi só um sonho... quem bom... Finalmente estava deitado na minha cama de verdade, no meu espaço, no meu planeta.

Como é bom estar acordado, como é bom estar vivo, pensei.