fonte: www.adorocinema.com
Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um
novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.
Chico Xavier
Quando adolescente era apaixonado pelo filme: “Curtindo a vida adoidado”. Ferris
Bueller. Um garoto dotado de um carisma incrível e sedento em descobrir coisas novas
da vida, ele era um modelo para todos adolescentes da época. Um cara que sabia o
valor de um dia de folga. Num dia de primavera, quase no fim do último ano,
Ferris vê-se preso de um incontrolável desejo de largar tudo para experimentar
um dia de liberdade, e mostrar que com alguma engenhosidade, um pouco de
coragem que a vida pode ser uma aventura maravilhosa. É claro que quando nos tornamos
adultos toda essa coragem e desejo desenfreado deixa de ser uma montanha russa
e se transforma numa roda gigante e você se vê segurando um algodão doce nas
mãos.
Recordando disso
comecei a pensar nessa onda do politicamente correto que hoje virou modismo. Imagine
só se Ferris conseguiria curtir a vida adoidado com tantos “nãos” que a
sociedade contemporânea nos impõe. Não se
pode usar piercieng, É proibido pintar o cabelo de outra cor, não pode usar
brincos grandes. Oras, será que os adultos de hoje nunca foram adolescentes?
Na moda dos anos
70 existia o black power,
woodstock, estilo Jackson Five, ou mesmo a Era disco, com muitas cores e
brilhos. Para os homens, nada como John Travolta em “Os Embalos de Sábado à
Noite”, de terno branco, calça boca de sino (claro) e golas enormes e pontudas.
Não se esqueça dos sapatos plataforma e das sandálias de saltos altos e finos
com meias de lurex. Qual a diferença
entre os hippies e os emos de hoje ? Que pedagogia libertadora é essa que castra a identidade e bloqueia a criatividade de nossos adolescentes?
Se eles não fizerem isso agora , que é a fase de se descobrirem, farão quando ? com 60 anos? Aí sim, seria patético.
Já está mais que
testado por psicólogos e psiquiatras que mudanças podem ocorrer ao longo da vida, mas a
essência do comportamento se dá na adolescência." E nem adianta achar que dá
para controlar isso, porque mudar faz parte de um desenvolvimento saudável. O
que acontece é que na adolescência é
importante pertencer a um grupo e experimentar formas diferentes de ser para
descobrir, no fundo, quem de fato a gente é (o que inclui não só gostos
diferentes, mas também novas formas de falar e de se vestir).
Curtir a vida
adoidado não significa brigar com seu time adversário, usar entorpecentes, espancar
quem não tem a mesma orientação sexual ou etnia sua. Curtir a vida é ser feliz,
é mostrar sua personalidade, cante, dance, sorria para as pessoas que estão no
elevador, sem provocar, sem discriminar. Se isso não aconteceu ainda em nossas
vidas, ainda é possível recomeçar uma nova história, um novo significado e um
novo fim. Só depende de nós.
Namastê
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