Mentir pode ser bizarro

                         

“O que eu sinto, eu não ajo. O que ajo, não penso. O que penso, não sinto. Do que sei, sou ignorante. Do que sinto, não ignoro. Não me entendo e ajo como se me entendesse” ( Clarice Lispector)

Você já se sentiu assim? Muitas vezes agimos de uma forma querendo ajudar, querendo poupar as pessoas e muitas vezes recebemos o título de mentiroso.

Quando uma mãe conta ao seu filho que papai Noel vem trazer presentes, que o coelhinho da páscoa vem lhe trazer apetitosos ovos de páscoa, que a fada do dente vai ajudar a retirar seu dente para amenizar a dor da criança, quando diz que seu pai que a criança não conheceu vem para seu aniversário, ela está mentindo? E se sim, ela quer o mal de seu filho?

Grandes enganos, equívocos e mentiras já fizeram parte de nossa história de vida, relacionamentos terminam, demissões acontecem, laços de amizade são quebrados por essa razão.

Até onde está a medida certa da mentira? Quando alguém pergunta a você se ela engordou? Se ela ainda é jovem? Quando por vergonha ou por falta de tática você conta a história da cegonha a uma criança? Isso é errado? É imoral?

Às vezes, falar a verdade nua e crua pode ser um papel árduo e nem todas as pessoas estão preparadas para ela. O que fazer diante de tal impasse?


Ser verdadeiro demais pode ser visto como falta de educação, ignorância, grosseria, mentir, tentando poupar a dor, pode ser perigoso, afinal como já dizia nosso grande Mario Quintana:

“A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer”